sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012



Onde eu estou? É, continuo bem aqui. Exatamente do mesmo jeito que estive há muito tempo. 'Sentada na beira do caminho a pedir carona.', quem sabe não seja mais interessante do que simplesmente me acostumar, me acomodar... E ver acontecer o que aconteceu, cansei de apenas observar. É que o costume cansa. Observo as pessoas em seus mundos, como se admirasse uma pintura. E de fato é o que vejo. Cenas soltas. Entre elas, algumas que sinto muita alegria em ver. Existem coisas na vida que são muito prazerosas de se ver! Principalmente os amores, as alegrias, as mudanças de perspectiva... Será que também me veem num quadro? E se sim, já posso até adivinhar em que quadro que veem, um que não evoluiu, que ficou no rabisco. As palavras que antes me convenciam já não o fazem mais, talvez isso seja o início da mudança de um quadro. Ou da incineração do mesmo. Sinto aversão às palavras que antes me iludiam, encantavam... Não vale de muita coisa querer pintar algo bonito quanto só se tem um pincel, e nenhuma tinta. E o quadro é sem graça, sem sal, sem cor. Sem zelo, sem fé. Estou só. Ainda que pintada ao redor de trilhões de imagens. Nem que canonizassem... não vale a antiga devoção. O santo perdeu o altar,  e eu me esqueci de ser devota.

Aline Cardoso

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