sábado, 28 de maio de 2011

Metamórficos



     Acredito que todos nós somos como borboletas, assim que chegamos neste mundo nem sabemos direito o nosso sentido, alguns de nós vivem toda a jornada e sequer conseguem descobrir... Passamos por tantos processos de transformação ao longo da vida, que ao olhar para trás já nem nos lembramos de como éramos.
     Vejo nas borboletas a personificação do amadurecimento da alma humana. No início somos espaço de conflitos interiores, de questionamentos e insensatez, somos jovens lagartas. Ao passar do tempo entramos no processo introspectivo de descobrir de fato o que somos e a quê viemos, afinal, nem o vento que faz as folhas bailarem sopra sem ter um motivo superior.
      Às vezes, este processo de crisálida é o mais demorado de todos, alguns chegam ao fim da vida e não descobrem o seu sentido. Ficam sempre com medo, de alçar voo e ousar desbravar outros jardins. Alguns chegam ao último estágio e se tornam borboletas... Magnificas, triunfantes, e capaz de deixar qualquer mortal boquiaberto com a exuberância de sua graça e a angelical fragilidade de sua beleza.
      Podemos plenamente chegar a útlima etapa de desenvolvimento de cada situação, mas ao contrário das borboletas não paramos de evoluir nunca. Estamos sempre em constante processo de renovação para podermos ultrapassar todos os estágios da vida, e superar as barreiras, conquistar novos horizontes e alcançar os sonhos, porém, por mais que evoluamos, sempre seremos seres frágeis que necessitam do apoio um do outro. Assim como todos os seres, somos etéreos.

É um saco...



Recebo e-mails que não leio.
Cumprimento pessoas que não conheço.
Recebo elogios pautados na falsidade.
Cordeiros sonham em ser  leões.
O ter tem tomado o lugar do ser.
O vou tem operado bem mais que o sou.
E o eu te amo virou até logo.
As pessoas acham que tudo está lindo.
E que vai tudo bem...  Alienados;
Contudo, três classes me enojam:
Os acomodados, os desocupados e os covardes.
Bem, viver consiste em relevar muitas coisas...
Esquecer umas, adaptar-se a outras.
É como andar numa corda bamba fazendo malabarismo.
Você não tem a certeza de estar equilibrado e de vez em quando quase cai.
Enquanto isso, reveza acontecimentos, usando toda a atenção, com o cuidado de não cair e de não deixar escapar nada, nem ninguém.
Pois se cairmos, sabemos bem o quanto vai doer.
A vida é uma loucura, e loucura maior nesse meio é tentar ser são.