sábado, 30 de julho de 2011

Compaixão, com paixão.




Queria agora, nada mais que os teus beijos;
Para me afagar o colo, subindo e descendo pelo pescoço...
Nada além da tua pele, para cobrir-me o corpo.
Um suspiro, um arrepio, e muitas gotas de suor.
Para refrescar o calor desta carne;
Que queima, arde, se contorce e clama...
Somente pela tua paixão, pelo teu ser sendo meu.
Alternando com gemidos os gritos do meu coração.
Vivo, amo, sofro... Imploro por mais tempo;
 Para receber teus alentos...Em meu leito, com paixão.

Aline Cardoso

Utopia


Ninguém é perfeito, e ainda assim pode ser poesia.
Na abstração de um apaixonado em fantasia.
Quem do amor é eleito, tem em si alegria.

A morte elege a todos.
E não é estimada;
Por vir, e ser absoluta.
Talvez se chegasse de mansinho...

Não gosto da santidade que a morte imbui.
Quero ser sempre errante na mente dos amantes;
E daqueles que em minha fantasia, veem poesia.

Aline Cardoso

domingo, 17 de julho de 2011

'E que a morte os separe'...(se puder)


Amor de verdade é aquele que não diminui com a distância.
Amor de verdade é aquele que fica mais intenso com a convivência.
Amar não é encontrar a pessoa perfeita montada num cavalo branco.
Amar é ter a certeza de que o outro é tão humano e imperfeito quanto você,e amá-lo ainda assim.

O amor não é imaturo, não se contenta com discórdias...
O amor é uma base sólida que une duas vidas, que as entrelaça e as unifica.
O amor não tolera todos os erros e todas as falhas, mas aprende a corrigí-los com paciência.
O amor que é amor de verdade vem atrelado a felicidade, e os momentos mais simples são tudo.

Ame sempre com o desejo de promover o crescimento mútuo.
Ame o outro como ele é, afinal o amor não suporta a presença de máscaras.
Ame com a certeza de que o amor é uma aliança de respeito.
Ame sempre e para sempre...

A morte não diminui a intensidade das ações de quem realmente ama.

Aline Cardoso.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Réquiem


Eu quero sentir o cheiro da terra;
O gosto do sal, do sol, e do mar, na ponta língua;
Eu quero a brisa de um entardecer me desarrumando os sentidos;
Eu quero um lugar onde possa ver o fruto do amor crescer;

Quero dar gotas de sangue, quero meus pés calejados;
Sentir a noite chegando, o orvalho caindo.
Eu quero a presença de um amor escandecido.
Eu quero a loucura de uma paixão desenfreada.

Eu quero ver a vida de outros ângulos;
Quero ver o sol bailar em outros campos;
Eu quero sentir o mundo, ver as cores;
E deleitar-me no amor, que de bom grato recebi.

Eu quero mais, quero ir além;
E que me cantem um réquiem,
Mas hineando sem lamúrias;
Quero que falem com fervor, de minhas doces loucuras.

Há bastante vida na morte...

.Aline Cardoso.